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Como se sentem as mulheres nos deslocamentos pelos espaços urbanos?

Pesquisa aponta que 81% delas já sofreram violência ao se deslocar pela cidade. Além das mulheres, outros grupos sociais como pessoas negras, de baixa renda, LGBTQIA+ e com deficiência são considerados mais vulneráveis a agressões durante o percurso.

Foto: Bruno Campos de Souza/WRI Brasil

A segurança ainda não é um fator de igualdade para todos que circulam pelas cidades. As mulheres são consideradas mais vulneráveis e passíveis de agressões ao circularem pelos espaços urbanos. De acordo com a pesquisa Percepções sobre segurança das mulheres nos deslocamentos pela cidade, realizada pelos institutos Locomotiva e Patrícia Galvão, com apoio da ONU Mulheres e Uber, 81% das mulheres já sofreram algum tipo de violência nos seus deslocamentos pela cidade. Com a pandemia da Covid-19, 77% delas disseram sentir mais medo de sair de casa.

Das entrevistadas, 69% já foram alvo de olhares insistentes e cantadas inconvenientes ao se deslocarem pela cidade e 35% já sofreram importunação/assédio sexual. Outro dado importante está relacionado às mulheres negras: 67% delas relataram ter passado por situações de racismo quando estavam a pé. Outros grupos sociais, como pessoas de baixa renda, negras, LGBTQIA+ e com deficiência também são mais vulneráveis a sofrerem violência durante seus percursos.

O que podemos concluir é que os espaços urbanos não foram feitos para as minorias e para as mulheres. Apesar de serem maioria a transitar pela cidade - o levantamento “Mulheres e seus deslocamentos na cidade: uma análise da Pesquisa Origem e Destino, do Metrô” mostra que o público feminino faz mais viagens de transporte coletivo ou a pé em relação aos homens, por causa de compromissos envolvendo educação, trabalho e saúde - elas são as que mais têm o direito de ir e vir afetados pela violência.

A insegurança na mobilidade urbana é uma consequência grave para meninas e mulheres, já que as oportunidades de ocupar ambientes, aproveitadas pelos homens, são negadas por causa da violência e do medo. Sem falar na redução da participação delas na vida pública, seja na escola, no trabalho ou em atividades de lazer, como reforça o Instituto Patrícia Galvão, situação que afeta negativamente a saúde e a qualidade de vida.

Mas como transformar essa realidade em inclusão e segurança?

Apesar da existência de leis que preveem a proteção às mulheres, como a Lei de Importunação Sexual (Lei Federal nº 13.718/2018), grande parte do público feminino não possui orientações de como e onde pedir ajuda, além do receio em realizar a denúncia.

A NINA tem como objetivo transformar este cenário. Nosso trabalho é pautado em gerar dados que empresas, governos e instituições necessitam para garantir segurança e inclusão para todos nos espaços urbanos. Aliando mobilidade, inovação e tecnologia, queremos desenvolver cidades inteligentes (ou smart cities) garantindo o direito de ir e vir em todos os ambientes e a equidade de gênero na mobilidade urbana.

Como a NINA pode ajudar?

A NINA conta com diversos recursos que facilitam aos tomadores de decisão o enfrentamento de problemas como o assédio e a infraestrutura não apenas nos transportes, mas também nos espaços urbanos. Nossos dados influenciam resoluções importantes para os usuários e a mobilidade.

A nossa tecnologia:
- Aumenta a confirmação das denúncias;
- Amplia a quantidade de dados extraídos;
- Possibilita o cruzamento das informações;
- Oferece um painel de controle eficiente e seguro;
- Permite uma melhor geolocalização dos usuários;
- Orienta vítimas e testemunhas no protocolo de atendimento;
- Atende às normas de privacidade dos dados de usuários (LGPD).

Com a utilização da NINA nas cidades, queremos incentivar um desenvolvimento sustentável dos ambientes urbanos, focando na qualidade de vida das pessoas e tornando-as protagonistas desse cenário. E isso inclui garantir o direito de locomoção e ocupação de espaços para todos.


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